Peregrinos em frente ao hospital
onde aconteceu o primeiro milagre de Santa Dulce - Foto: Divulgação
A Bahia é forte na religiosidade, mas, ainda é carente de caminhos de peregrinação religiosa. No Estado, fora as ações na capital, destacam-se, há anos, as peregrinações para Bom Jesus da Lapa, no Oeste da Bahia, cidade considerada a Capital Baiana da Fé.
Há cerca de 300 anos existe uma grande peregrinação religiosa no local, atraindo milhares de religiosos para o tradicional santuário de pedra que existe na cidade e que é conhecido mundialmente.
Na
Bahia também existem as peregrinações em Serrinha, onde ocorre a Procissão do
Fogaréu e no município de Monte Santo, onde o ponto alto é a subida ao
Santuário da Santa Cruz.
Vendo todo esse potencial de religiosidade do nosso Estado e a força da história de Santa Dulce dos Pobres, o engenheiro, por formação, empresário, por vocação e peregrino, por opção (como ele mesmo se define), Ancelmo da Rocha, resolveu criar um caminho para homenagear Santa Dulce dos Pobres.
Com um percurso de 464 km, o Caminho de Irmã Dulce também é inspirado no famoso e tradicional Caminho de Santiago de Compostela, mantendo, inclusive, o mesmo estilo de marcação, que são as setas e os totens.
O Caminho de Irmã Dulce dos Pobres foi criado oficialmente no dia 2 de julho de 2019 (um dia após o Vatican News ter divulgado que ela seria canonizada naquele ano, em outubro). As trilhas ligam os estados da Bahia e Sergipe, tendo início na Maternidade São José, na cidade de Itabaiana, local onde aconteceu o primeiro milagre da Santa brasileira.
Os 464 km do Caminho de Santa Dulce dos Pobres foi dividido em 26 etapas e no Estado de Sergipe ele passa por oito municípios, contemplando a Mata Atlântica; o Parque dos Falcões (santuário de aves de rapinas); o Domo da Serra de Itabaiana, além de muitos canaviais.
Ainda durante o trajeto sergipano, os peregrinos vão conhecer a primeira Igreja dedicada à Irmã Dulce, situada em Aracaju, e o local onde Maria Rita Lopes Pontes morou e tornou-se Irmã Dulce, em São Cristóvão, quarta cidade mais antiga do país e primeira capital de Sergipe.
No território baiano o Caminho Santa Dulce dos Pobres passa por oito municípios, quase todos na Costa dos Coqueiros. As trilhas do caminho vislumbram cerca de 300 km do litoral (parte no sul de Sergipe e no norte baiano) com suas areias alvas, banhadas pelo Oceano Atlântico.
O ponto de chegada, em Salvador, é o Santuário de Santa Dulce dos Pobres, situado no Largo de Roma. Um grupo de peregrinos de vários Estados brasileiros já percorreram, no ano passado, todo o roteiro nas trilhas baianas e agora, no final deste mês, mais um grupo vai fazer o Caminho pelas trilhas sergipanas.
Segundo Ancelmo da Rocha, criador do Caminho Santa Dulce dos Pobres, ele está totalmente baseado nos quatro pilares que nortearam a vida e as obras da Santa. Ancelmo destaca o Poder da Fé; a força transformadora do Amor; o servir aos marginalizados da sociedade, com a sua Caridade e a porta sempre aberta da Hospitalidade, como esses pilares.
Ancelmo diz que a rota foi estruturada para contemplar a beleza natural do Caminho, assimilar sua história, fortalecer o emprego e renda das comunidades inseridas no percurso, através do turismo rural, ecológico e/ou religioso, de autoconhecimento e possibilitar oportuna e adequadamente ao peregrino, a prática dos pilares praticados por Santa Dulce.
A
Coluna Coroa de Mochila vai divulgar toda essa próxima peregrinação no Caminho
de Santa Dulce dos Pobres e mostrar todas as 26 etapas das lindas trilhas entre
os estados de Sergipe e da Bahia.
As
pessoas que desejarem maiores informações sobre o Caminho de Santa Dulce dos
Pobres ou até mesmo se inscrever para fazer a peregrinação, podem entrar em
contato com: Ancelmo: (71) 9 8855 3273; Jealva: (71) 9 9985 7758; Marta: (79) 9
9919 6474 e Sandra: (71) 9 9983 2470.
